quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Besouro na mídia
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“Ei Iu, Besouro é um filme.... mas sua capoeira é real e representa a essência do capoeirista que foi o Besouro Mangangá” Valneide Souza (http://negrumchapadadiamantina.blogspot.com/)
Olha a equipe de Besouro aí, gente!
Na foto abaixo - gentilmente cedida pelo artista Cristian Cravo, que prepara um belo livro fotográfico sobre as filmagens - temos toda grande parte da equipe de produção e o elenco de Besouro reunidos em Lençóis. Alguns produtores e parte da equipe de arte, que estão reproduzindo o que já ficou para trás ou preparando o que ainda está por vir em outras locações, não estão na foto. O blogueiro, que passa uma temporada forçada no Rio, também ficou de fora, mas volta ao set depois de amanhã.
domingo, 26|10|2008
Jessica Barbosa: com Dinorá no destino
terça-feira, 21|10|2008IGATU (BA) - “Foi em cima da hora”. “No susto”. “Nem sabia direito pro que era…” É curioso como as trajetórias dos jovens protagonistas de Besouro até o set foram de certa forma parecidas. Talvez pela pressa com que foram selecionados, talvez pela confidencialidade que envolveu o casting do filme, o fato é que vários deles têm histórias similares para contar sobre esse processo. Ailton Carmo, o Besouro, estava morando na Bélgica e passava pelo Brasil por acaso na época dos testes. Nilton Júnior, o Cobra Criada, soube no dia. Macalé dos Santos, o Mestre Aílípio, foi caçado por amigos em Salvador para se apresentar à produção do filme. E com Jessica Barbosa, a Dinorá, principal personagem feminino do filme, o destino também foi bastante generoso. A própria atriz de 22 anos, baiana radicada no Rio, conta o que aconteceu:
“Meu grande sonho sempre foi fazer um curso com a Fátima Toledo. Com a ajuda dos meus irmãos, consegui me inscrever para um, e fui para São Paulo só pra isso. E logo no primeiro dia de aula, assim que me viu, a Fátima me perguntou se eu jogava capoeira. Com eu disse que sim, fiz um vídeo com ela, assim, meio rapidinho. No dia seguinte, já estava embarcando pra Bahia fazer um teste para a Dinorá”.
O diretor João Daniel Tikhomiroff, que acompanhou os primeiros testes incógnito, reconhece que, depois que viu o vídeo com Jessica, sentiu que sua escolha para o papel não seria tão difícil quanto ele imaginava. “A beleza exótica dela chamou nossa atenção desde o início. E quando ela começou os testes, vimos também que, além de boa atriz, ela parecia ter sido moldada de corpo e alma para ser a Dinorá”, lembra João.


O diretor João Daniel Tikhomiroff, que acompanhou os primeiros testes incógnito, reconhece que, depois que viu o vídeo com Jessica, sentiu que sua escolha para o papel não seria tão difícil quanto ele imaginava. “A beleza exótica dela chamou nossa atenção desde o início. E quando ela começou os testes, vimos também que, além de boa atriz, ela parecia ter sido moldada de corpo e alma para ser a Dinorá”, lembra João.

No set de Besouro, é difícil não notar a presença de Jessica. Não apenas pela beleza da mulata de olhos claros e cabelo exuberante - que ora estão soltos, ora estão trançados, dependendo da cena que ela está rodando -, mas também pela postura concentrada que adota tanto diante das câmeras quanto fora delas, nos intermináveis intervalos de espera entre um plano e outro. Como todo bom discípulo de Fátima Toledo, Jessica não “faz” a Dinorá. Jessica “é” a Dinorá. Mesmo que seja se protegendo do sol inclemente da Chapada debaixo de uma barraca da produção, tomando um reles copinho de água mineral, sendo presa a cabos de aço para “voar” em cena ou aquecendo o personagem.
Deu no Globo
terça-feira, 21|10|2008O jornal O Globo publicou, na sua revista de domingo passado, um perfil de Dee Dee, o chinês que está fazendo os personagens de Besouro voarem no set. Clique nos links para baixar as páginas da matéria em formato PDF:
Luz, câmera… Ação! (parte 1)
Luz, câmera… Ação! (parte 2)
Luz, câmera… Ação! (parte 1)
Luz, câmera… Ação! (parte 2)
Igatu by night. E bye-bye, Igatu
domingo, 19|10|2008
O Bar Igatu, de Seu Guina: um dos points noturnos durante as semanas que a equipe de Besouro filmou ali.
A calmíssima Igatu - que em geral à noite só tem algum movimento no Bar Igatu, do folclórico Seu Guina (leia em breve uma matéria sobre ele) ou na Pizzaria das Pedras - desta vez ficou agitada a madrugada inteira, com holofotes, rebatedores, baterias e geradores espalhados por diversos pontos e cenários escolhidos para as noturnas. A noite foi marcada também pela filmagem de algumas cenas cruciais para a trama do filme (que este blog não vai contar, pode esquecer) e pela participação de dois ilustres figurantes. Confira abaixo algumas fotos dessa noitada de muito trabalho:
- A última refeição da equipe em Igatu foi na verdade uma última ceia: já passava da meia-noite

Olha o caminhão da Bia aí, gente: lotado de roupas, ele aguarda para transportar o figurino para uma nova locação

A coordenadora de arte, Marina Lage, a assistente de arte Isabela de Oliveira e a assistente de produção Lilian Navarro assistem à filmagem de uma cena
sábado, 18|10|2008
sexta-feira, 17|10|2008
IGATU (BA) - As imagens abaixo poderiam ter sido feitas durante as fimagens de um plano qualquer de Besouro. Não foram. Mostram “apenas” o aquecimento dos atores do elenco - um exercício de entrega total aos personagens, desenvolvido segundo a técnica da preparadora Fátima Toledo. Normalmente, ele é feito discretamente, num local mais reservado, sem a presença do resto da equipe. Mas blog flagrou:
Besouro e Exu posam para a câmera do maquiador Martin.
setembro, 2008
Dirigindo a primeira cena
terça-feira, 30|09|2008IGATU (BA) - A cena abaixo, aparentemente, é corriqueira. Mostra o trabalho do diretor João Daniel Tikhomiroff numa das tomadas da primeira cena de Besouro, filmada nesta terça-feira. Mas pode-se dizer que é histórica também. Afinal, João ganhou 47 Leões em Cannes por seu trabalho na publicidade, mas está fazendo seu primeiro longa de ficção. Trata-se de uma estréia, portanto. E toda estréia merece registro. Vamos a ele:
Começou a pauleira
terça-feira, 30|09|2008IGATU (BA) - O primeiro dia de filmagens de Besouro foi inteiramente dedicado a um dos aspectos mais marcantes do filme: as danças de capoeira. A primeira delas ocorrerá logo nos primeiros minutos de projeção - uma cena que serve tanto para apresentar os personagens quanto para detonar os acontecimentos que marcam a trama. Dispensável dizer o quão espetacular é a filmagem de uma cena de capoeira. Mais que a dança em si, a coreografia envolve o diretor de fotografia Enrique Chediak (o 01 da foto), seu assistente de câmera e os operadores de áudio. Ao fundo, vemos Besouro em seu primeiro vôo.
O Besouro da Chapada
terça-feira, 30|09|2008
Quis o destino, contudo, que Ailton (ou Coquinho, ou Besouro, você escolhe) tivesse que vir ao Brasil em junho, recrutar dois capoeristas para trabalharem com ele na Europa. Quando chegou a Lençois, sua cidade natal, para visitar a mãe, soube que o casting de Besouro tinha passado três dias antes por lá, selecionando capoeiristas para o filme. “A princípio eu não estava interessado, mas meio sem querer, meio querendo, soube que ainda haveria testes na cidade de Cachoeira. Corri pra lá”, conta o novo ator de 21 anos, ainda sem distinguir ao certo o tamanho da fama que muito provavelmente o espera.Em Cachoeira, bastou um minuto de apresentação para que Coquinho, mesmo sem estar inscrito oficialmente nos testes, encantasse a produtora de elenco Patrícia Duarte e se classificasse para a segunda fase da seleção. E foi assim, no susto, que começou a nascer o Besouro. Definitivamente parido, como não poderia deixar de ser, numa aula de maculelê. “O telefone tocou no meio da apresentação. E eu, que sonhava fazer parte do filme só para aparecer jogando nas rodas, fui informado de que iria interpretar o Besouro… Foi difícil de acreditar”, conta.
A festa pela escolha, porém, já passou há muito tempo. Deu lugar a trabalho duro, com as oficinas de atores de Fátima Toledo. Quase dois meses de preparação física e mental para uma missão ainda mais pesada, que começou nesta terça-feira. Só no primeiro dia de filmagens, foram mais de 15 tomadas para uma única cena de capoeira, exigência de um filme que tem na ação envolvente e perfeitamente coreografada alguns de seus elementos fundamentais. E os efeitos colaterais já começam a ser sentidos. “Cortei o pé num caco de vidro que surgiu da areia, de tanto que a gente remexeu o terreno nas tomadas”, conta ele, que também já anda com uma pomada anti-inflamatória a tiracolo, para aplacar dores num pulso recentemente deslocado.
As dores físicas, porém, são fichinha para a vibração que Ailton e os demais atores transmitem ao entrar no set. Coisas que talvez só o espírito da capoeira - ou do Besouro em pessoa, quem sabe? - possam explicar.